quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal 2008

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”

(Jo 1,14).


Queridos Amigos,

próximas ou longes, para a festa de Natal desejamos a todos vocês muita alegria e muitas bênçãos e a plenitude das graças que Deus nos deu através da Encarnação do seu Filho.

Fiquemos unidas ao redor do presépio de Nosso Senhor em todas as nações e países e rezemos um pelo outro, pelo amor e união, pela fidelidade e doação, conforme a nossa vocação.

O Menino Jesus abençoe todos, encha vocês com alegria e gratidão e conceda um feliz e bom Ano 2009.

O Evangelista João nos abre as dimensões de Deus com o seu Evangelho e nos conduz para uma imensidão e plenitude de vida divina.

Ele nos anuncia a mensagem de Natal com as Palavras: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Estas palavras são tão ‘familiares’, tão ‘normais’ para nós, que é difícil elas se realizarem em nós. Rezamos estas palavras no “Anjo do Senhor” todos os dias; professamos no “Creio” da Santa Missa “O Verbo se fez carne...”, dizendo ou cantando e dobrando os joelhos.

“O Verbo se fez carne”, com estas poucas palavras João resume a Boa Nova, que ele depois no Evangelho desenvolve: a história de amor de Deus com os homens.

A profundeza e a dimensão imensa da história de Deus conosco remexe e revolve todo o nosso pensar e as nossas imaginações.

Nós queremos alcançar, o que está acima e na nossa frente; na sua encarnação Deus arrisca o caminho inverso. Aspiramos posições mais altas enquanto Ele desce. O Verbo eterno, Deus de Deus, se torna homem, um de nós, como vocês e eu, em tudo semelhante a nós. A grandeza de Deus se enlaça com a fraqueza da vida humana desta maneira, que o Deus invisível aceita a vida humana em todas as etapas de desenvolvimento, de crescimento, amadurecimento e de morte. Ele não se poupa em nada para ficar conosco.

Assim celebramos no Natal o pacto de amor de Deus conosco, o enlace de Deus com o ser humano. Este amor não tem alternativo. Ele é incondicional e sem fim; abrange tudo e todos até os confins do mundo.

Como este agir de Deus pode tornar-se mais fundamento para minha vida e marcar mais o meu viver? Como posso colocar este acontecimento divino com as suas conseqüências mais no meu dia-a-dia?

Fica para eu acreditar neste Deus, confiar n’Ele e na sua Boa Nova. Concretamente quer dizer isso: aceitar um Deus deitado no presépio, um Deus que como um condenado vai para a Cruz e morre, um Deus que está como pão no altar e um Deus que me encontra através do irmão e da irmã.

Uma coisa só fica para mim: responder com toda a minha existência e ter a coragem de desmascarar o discordante da minha vida na presença d’Ele.

Se acreditar que nesta criança de Belém Deus chegou a terra, então posso enfrentar as limitações e inseguranças que experimento. Então posso reconhecer o que há em mim, que ainda não despertou para o amor; o que há em mim, que espera o meu rosto se imprimir. Então posso olhar para mim como sou, não preciso esconder nada, pois as limitações tiram nada da minha dignidade.

A verdade da minha vida é esta: Sou pessoa amada por Deus; tão amada, que Ele reparte a sua vida com o meu ser aqui e hoje. Acolher este “Deus encarnado”, dar morada a Ele, se torna muita graça para mim. A encarnação quer continuar em mim e formar a minha vida. Na medida em que me abro para este agir de Deus, me torno mais pessoa humana, estou caminhando para a plenitude da minha vida, estou crescendo para ser, o que sou nos olhos de Deus.

Que o Menino Jesus nos dê esta liberdade de amar, que nos tira nada, mas dando e mesmo ao largar ainda recebe.

Deus tocou o nosso coração com seu amor na nossa vocação. Recebemos graça e força para nos decidir para esta forma de vida, que o Filho de Deus assumiu aqui na terra. Se aceitar que Deus ama o homem incondicionalmente se torna sensível pela vida e pelo amor.

Que Maria, a Mãe-Virgem, que nos trouxe o Salvador do mundo, nos ajude para alcançar esta santidade.

Com muitas lembranças e os votos para os dias de festa,

As Irmãs Franciscanas