terça-feira, 30 de setembro de 2014

Novena em honra a São Francisco de Assis - 6º Dia

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6o Dia – A perfeita alegria
 
Durante uma viagem de Perúgia à Porciúncula, São Francisco percebendo o quanto Frei Leão estava sofrendo com o frio, o cansaço e a fome, começou uma meditação dialogada sobre a perfeita alegria.
Começou questionando-o onde estaria a alegria. Ensinou que mesmo que os frades dessem exemplos de santidade e de edificação, a alegria não estaria ali. Mesmo se eles recebessem imensas graças de Deus e realizassem curas e milagres, ressuscitassem os mortos, ela também não estaria ali. Assim como não estaria nas perfeitas pregações que os frades fizessem.      
 
Concluiu o santo com sabedoria: “A perfeita alegria está em suportar injúrias, dores, sofrimentos, maus tratos, crueldade sem se perturbar e murmurar contra o outro. Tudo suportar com paciência e alegria, por amor a Jesus Cristo”.
Acima de todas as graças e dons do Espírito Santo está o de vencer-se a si mesmo e, por amor a Cristo, sofrer injúrias e desprezos. A perfeita alegria brota da imitação de Cristo pobre e crucificado; pois aceita o que é negativo por amor.
 
Dizia o santo: “Quem sabe vencer toda situação dolorosa com amor e paciência deve ser perfeitamente feliz, porque possui o maior dom de Deus – a vitória sobre si mesmo.” Sua força e alegria são flores da cruz.
Trazia para sua vida as palavras de São Pedro: “... Não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo” (I Pedro 4,12ss).  
 
Reflexão:
1- Para S. Francisco a verdadeira alegria estava em participar do sofrimento de Cristo. Em que consiste a minha verdadeira alegria como consagrado Luz da Vida?
2- Ele suportou a dor, o sofrimento, as injúrias, o desprezo, tudo que desagradava a sua carne por amor a Jesus, com paciência e alegria, pois ali estava a vitória sobre si mesmo. Diante da dor da renúncia, da mortificação da carne, de dizer não às minhas vontades, para que despojado de mim mesmo possa me assemelhar a Cristo, trago no meu interior a mesma alegria e paciência que S. Francisco?
 
 Oração:
Glorioso São Francisco, vós que participastes dos sofrimentos de Cristo com paciência e alegria, vencendo a si mesmo, fazei com que eu também encontre a perfeita alegria na identificação com Cristo Jesus pobre e crucificado. Amém
→ Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

→ São Francisco, rogai por nós.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Novena em honra a São Francisco de Assis - 5º Dia

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5º Dia – O amigo dos leprosos
 
Francisco não procurava as alegrias das amizades, mas por amor a Deus buscava de preferência a compainha dos leprosos, cujo mau cheiro sentia-se de longe. Eram evitados por todos, desprezados como cães. Preferia-os, porque em sua pobre carne martirizada, em suas pessoas repulsivas, via Jesus humilhado e imputado de lepra por amor a nós, segundo nos fala Isaías: “não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos. Era desprezado, era a escória da humanidade, homem de dores, experimentado nos sofrimentos, como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele. Em verdade, ele  tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado”(Is 53, 2-4).
 
Por querer alcançar o total desprezo sobre si mesmo, servia-os com devoção, humildade e benevolência. Visitava-lhes constantemente e distribuía entre eles esmolas generosas, beijando-lhes as mãos e os lábios com profunda compaixão. Ele desejava enxugar as lágrimas e curvar-se caridosamente diante de todos.  Deixava transbordar a sua bondade, que era a de um coração generoso, moldado no próprio coração de Cristo.
 
Conta-se que os frades serviam em um hospital e lá havia um leproso tão impaciente, insuportável e arrogante, que se acreditava estar possuído por um demônio. Ele maltratava a quem servia, blasfemava contra Cristo e Maria. Os frades não suportando mais, resolveram abandonar o paciente, mas não podiam tomar tal atitude sem antes consultar S. Francisco. Ele mesmo foi conversar com o leproso, que estava revoltado contra Deus por tê-lo reduzido àquela podridão. Este, depois de algum tempo de conversa, pediu que o santo lavasse as suas feridas. Francisco pediu água morna com ervas odoríferas, e com a ajuda de um irmão começou a lavá-lo. Para vencer a náusea, fez o santo como se estivesse lavando a Jesus Cristo, elevando o seu pensamento até Ele, toca nas úlceras fétidas como se tocasse nas cinco chagas de Cristo, pedindo: “Curai-lhe o corpo e alma, Senhor”.
 
O leproso sentiu-se reviver ao contato daquelas mãos. Sentiu-se amado pela primeira vez e já não sofria mais, esqueceu a doença como se todas àquelas feridas e aquele cheiro não mais existissem. Ele via naquele momento as chagas de sua alma, a soberba, a ira, a rebeldia contra Deus, os múltiplos pecados de sua juventude, dos quais vinham a lepra e chorou. Enquanto o corpo se limpava por fora da lepra pela lavagem da água, a alma se limpava por dentro do pecado pela contrição e pelas lágrimas. 
S. Francisco vendo o milagre que Deus operou por suas mãos, agradeceu ao Senhor e partiu para longe, porque, por humildade, fugia de toda glória humana.
 
Passado um mês, estava rezando entre as árvores na floresta, quando uma sombra branca veio ao seu encontro, era a alma daquele leproso que agradecia a Deus e a ele pela cura, porque estava partindo para a vida eterna. Quando a alma desapareceu, o santo tinha o seu coração alegre, pois vira curar-se a lepra do corpo e da alma nas ondas do seu amor, todo ação, nada de palavras. Amor que muitos de seus irmãos não haviam compreendido bem, por isso não conseguiam nem curar nem converter.
 
Reflexão
1- S. Francisco servia os leprosos com amor, paciência e humildade, pois via neles a figura do próprio Cristo desfigurado pelo pecado. Faço-me de servo àquele que é a escória da humanidade, pois vejo nele a pessoa de Jesus Cristo desfigurado?
2 - S. Francisco trazia em si o verdadeiro e puro amor ao próximo, por isso foi capaz de curar o corpo e da alma daquele leproso. As minhas atitudes em relação ao outro são realizadas na mesma dimensão de amor que S. Francisco?
 
Oração
Glorioso S. Francisco, vós que cuidais do leproso como se estivésseis cuidando de Cristo, fazei com que eu seja instrumento de amor, de cura e libertação àqueles que estão com seu corpo e sua alma manchados pelas lepras do pecado. Amém.
→ Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

→ São Francisco, rogai por nós.

domingo, 28 de setembro de 2014

Novena em honra a São Francisco de Assis - 4º Dia

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4º Dia – Missionário de Cristo
 
Após ter concluído a obra da Igreja de S. Damião, vestia-se com um hábito eremítico, levava na mão um cajado, andava calçado e de cinturão. Certo dia, durante a celebração da Santa Missa, ouvindo o que Cristo recomendava: “Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento” (Mt 10,9) e a explicação dada pelo sacerdote, estremeceu de alegria e repetiu no seu coração: “É isto que eu quero cumprir com todas as minhas forças”.
 
Despojou-se logo de tudo. Fez uma túnica bem desprezível e rústica, abandonou o cinturão e cingiu-se com uma corda. Apegou-se às palavras da nova graça e pensou num modo de colocá-las em prática. Começou, por inspiração, a anunciar a perfeição evangélica, pregando em público, com simplicidade, a penitência. Falava sempre iluminado pelo Senhor e em transporte espiritual penetrava até o mais íntimo do coração de seus ouvintes, enchendo-os de fervorosa admiração.
 
Aquele homem de Deus anunciava a paz, pregava a salvação, admoestava a muitos daqueles que viviam na discórdia, longe de Cristo e do caminho da salvação. Para converter os homens, era necessário viver no meio deles, provando com o exemplo que há força maior do que todo o ouro da terra: o AMOR. 
 
Ensinava e dava exemplos de uma vida sem mácula. Manso e humilde abria caminho para que as almas fossem para Deus, ensinando que os verdadeiros cristãos, cheios do divino amor, poderiam chegar sem dificuldades à perfeita alegria. A felicidade e a alegria dos discípulos de Jesus decorrem não dos bens caducos da terra, mas da vida espiritual, da união com Deus, que é fonte de todo bem. O materialista jamais poderá ser alegre, pois longe de Deus, que é Luz, estará mergulhado nas trevas do pecado. Dizia: “Dentro da minha fraqueza, sinto-me destinado por Deus a iluminar o caminho do céu”.
 
Reflexão
1- S. Francisco encontrou na Palavra de Deus a inspiração para o seu modo de vida e o caminho da salvação para aqueles que estavam longe de Cristo. A Palavra de Deus me leva a mergulhar no carisma Luz da Vida e a abrir os olhos para enxergar a realidade do outro com os olhos de Cristo?
2- Iluminava o caminho para o céu com suas palavras simples, penetrantes, inspiradas pelo Espírito Santo e com seu exemplo de vida pobre, distante dos bens terrenos. O Evangelho produz luz na minha vida e eu a reflito no coração do outro?
 
Oração
Glorioso S. Francisco, vós que encontrastes na Palavra de Deus toda inspiração para pregar a perfeição evangélica, a paz e a salvação; fazei com que eu, iluminado pelo Evangelho, irradie a verdadeira luz na vida das pessoas, para que elas cheguem à perfeita alegria no Amor que é Cristo. Amém. 
→ Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

→ São Francisco, rogai por nós.

sábado, 27 de setembro de 2014

Novena em honra a São Francisco de Assis - 3º Dia

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3º Dia – Oração e Trabalho
 
Na igrejinha de S. Damião, São Francisco ficou horas a contemplar o crucifixo pedindo que o Senhor mostrasse o que ele realmente havia de fazer, porque o amor sem obras é como o ouro sem liga. 
 
Depois de longo tempo, abriu os olhos e viu Jesus pregado na cruz. Seu amor era tão grande que era capaz de morrer crucificado por Ele. Pôde escutar do Senhor: “Francisco, não vês que a minha casa está em ruína? Vai, pois e restaura-a para mim”. Saiu correndo dali e foi colocar o plano do Senhor em ação, buscando ajuda em todos os lugares, sempre mendigando. 
 
Daquele dia em diante não sofreu mais por si, mas por Jesus. Sua única dor digna de ser chorada: Paixão do Nosso Senhor. Seu único desejo era morrer crucificado com Ele. Manteve-se insensível e inabalável passando por cima de todas as injúrias e perseguições, a começar pela sua família. Seu pai mostrava-se sem compaixão, chegando a prendê-lo e a agredi-lo na rua, de modo que Francisco teve que se esconder solitariamente em uma caverna, onde, em lágrimas, orava e jejuava pedindo a Deus que o livrasse da perseguição e o auxiliasse na execução de Seus piedosos propósitos. Punha toda a sua esperança em Deus que no meio daquelas trevas o havia inundado com maravilhosa claridade.
 
Não desistiu de continuar com seus planos de restauração da Igreja de S. Damião. Repetia sempre: “Bem – aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus”.
 
Diante das reformas de S. Damião, de Spoleto e da Porciúncula eram assinaladas as três vocações em sua vida: a primeira era a separação do mundo, a segunda era ao trabalho e a terceira ao apostolado. Não edificaria pedras, mas almas, não fundaria capelas e sim ordens religiosas, não restauraria somente esta ou aquela igreja, mas a Igreja de Jesus Cristo. Para chegar a tanto era preciso começar pela penitência do solitário e pelas fadigas de um trabalhador braçal.
 
Espírito profundamente realizador. Não sentiu tibieza alguma na realização do seu incessante e imenso trabalho. Passava da prece à ação sem distinguir os dois momentos. A ação para ele era a inspiração da prece. O seu trabalho era a conseqüência lógica da sua oração.
 
Reflexão
  1- S. Francisco, depois de longas horas de oração e contemplação do crucifixo, escutou de Cristo qual era sua missão. Sofreu muito para atender aquela ordem do Senhor, mas se sentia feliz por estar sendo perseguido por causa de Jesus. O meu coração se alegra diante das dificuldades e provações, pois assim tenho a certeza de estar encarnando o Evangelho na minha vida?
 
2- Trabalhou incansavelmente pela reconstrução da Igreja de Cristo e eram assinaladas em si três vocações: de ser separado do mundo, a do trabalho e a do Apostolado. A minha vida de oração me faz assumir corajosamente a minha vocação?
 
Oração
Glorioso São Francisco, vós que, por amor a Jesus Cristo, sofrestes no corpo e na alma a dor de fazer a vontade do Senhor, lutando incansavelmente para reconstruir a Sua Igreja, fazei com que eu busque, por meio da contemplação da cruz e das práticas de piedade, uma identificação com Cristo operário e assim seja enviado para a missão. Amém.
→ Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.
→ São Francisco, rogai por nós.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Novena em honra a São Francisco de Assis - 2º Dia

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2º Dia – A pobreza interior
S. Francisco idealizava a carreira militar, mas uma longa enfermidade o fez ficar preso a um quarto sem se locomover, assim sua alma era preparada para o Espírito Santo. Venceu a si próprio, mas o seu interior estava vivendo um tormento. Queria vencer o desgosto de si mesmo e a mediocridade da vida. 
Sentia apaixonar-se cada vez mais por Deus. Ao contemplar, um dia, as estrelas viu a pobreza pregada na cruz de Cristo. Foi se afastando cada vez mais das coisas do mundo, e como um comerciante que encontra um tesouro, ocultamente, começou a vender tudo para comprá-lo. Não sabia como deixar tudo, para poder desposar a esposa que o próprio Jesus o dava. Tinha certeza que o intercâmbio espiritual começa pelo desprezo do mundo, e para ser soldado de Cristo é preciso ter conseguido a vitória sobre si mesmo.
Era um homem que tinha verdadeiro horror a leproso. Um dia, encontrou um que lhe estendia a mão pedindo esmola. Ficou perplexo diante daquela cena, mas logo se lembrou do propósito feito e venceu a si mesmo. Deu-lhe a esmola e um beijo. A partir desse dia, procurou os lugares solitários para orar e a recordação da paixão de Cristo ficou profundamente gravada em seu coração. Compreendeu que as palavras do Evangelho eram para ele: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24). 
O Senhor de sua vida era Jesus Cristo. E se a insígnia de Seu Senhor era a cruz, ele a deveria a tomar por brasão e por bandeira, se o amor de Seu Senhor era a Pobreza, ele a deveria desposá-la. Entranhou-se do espírito de pobreza com um profundo sentimento de humildade e uma atitude de profunda compaixão.
Era preciso servir os pobres, para servir o Senhor. Amar os pobres é o mesmo que amar a pobreza. Dar é riqueza, superioridade, alegria. Enquanto não se desce até a dor de nada mais poder dar, até a angústia da necessidade e até a humilhação de pedir, não se conhece a pobreza.
Quando, pela primeira vez trocou de roupa com um mendigo e começou a mendigar, abraçou a Pobreza, sentiu que a amava e que nela desejava viver e morrer.
Ao ser pressionado pelo pai para abandonar aquela vida nova e voltar à comum, e na frente de todos, tira tudo e devolve ao pai. “Nu o Senhor me pusera no mundo, nu voltarei para ele, como se nascesse uma segunda vez”. Só com a vontade e com a graça se nasce espiritualmente. Despiu para deixar apenas entre sua alma e Deus o véu da carne.
Reflexão
1- S. Francisco tinha um ideal como homem, mas que ao se apaixonar por Deus buscou a vitória sobre si mesmo, renunciando o que lhe dava prazer e encontrou na Pobreza a sua verdadeira felicidade. Tenho buscado a vitória sobre mim mesmo diante das coisas que não me agradam para poder também me encontrar com Jesus?  
2- Somente quando se colocou integralmente no lugar do mendigo, foi que ele abraçou a Pobreza e assim quis viver e morrer, pois ali se identificou verdadeiramente com Cristo. Vivo essa identificação com Cristo, na Sua humildade e na Sua doação, no meu relacionamento com o outro?
Oração
Glorioso, S. Francisco, vós que lutais, incansavelmente, contra vossa carne para viver e morrer como Cristo pobre, fazei com que eu abrace a Pobreza Evangélica, despindo a minha alma de toda riqueza do mundo, para viver livremente em Deus.  Amém 
→ Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.
→ São Francisco, rogai por nós.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Novena em honra a São Francisco de Assis - 1º Dia

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1º Dia – Sua vida no mundo

Francisco nasceu em Assis e foi criado pelos pais num luxo desmedido e na vaidade do mundo. Depois de aprender a ler e escrever começou a trabalhar no comércio. Vivia num ambiente marcado pela cobiça desenfreada dos comerciantes.
Durante quase vinte e cinco anos viveu na frivolidade, gostava de levar vantagem sobre os outros na vanglória, nas risadas, nas canções, nas roupas; cultivando certa originalidade.
Vivia na boemia jogralesa, passeando de dia e de noite pela cidade de Assis, em companhia de amigos, pródigo nos gastos e dissipando tudo que tinha e ganhava em banquetes, festas e outras superfluidades.
Um dia estando na loja, um pobre pediu-lhe uma esmola por amor de Deus. Preso a idéia de riqueza, negou-lhe a esmola, mas logo foi tocado pela graça divina, repreendeu-se por tanta rudeza, dizendo: “Se aquele pobre tivesse pedido algo em nome de algum conde ou barão, com certeza o teria atendido, quanto mais não o deveria ter feito pelo Rei dos reis e Senhor de todos!”
Daí em diante, propôs em seu coração nunca mais negar o que pedissem em nome de tão grande Senhor. Observou este propósito até a morte com uma caridade incansável e que lhe granjeou sempre mais a graça e o amor de Deus. 
Deus o olhou do céu. Por causa do Seu nome, afastou para longe dele o furor e pôs-lhe um freio à boca com o Seu louvor, para que não perecesse de vez. Desde então, esteve sobre ele a mão do Senhor, sendo que a destra do Altíssimo o transformou para que, por seu intermédio, fosse concedida aos pecadores a confiança na obtenção da graça e, desse modo se tornasse um exemplo de conversão a Deus diante de todos.
Sua vida começou a se transformar quando esteve preso por um ano, durante uma guerra entre Perusa e Assis. Mesmo naquele ambiente gerado pela tristeza e desamor, Francisco se mostrava sempre alegre e cheio de paciência. Com seu jeito fez-se amigo de um prisioneiro soberbo e insuportável, mudando o ambiente hostil que havia na cela entre os prisioneiros. 
Ao sair da prisão já não era mais o mesmo, tinha ainda seus planos, mas o seu coração estava cheio de compaixão e da graça divina.
“Não basta que sejas meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os fugitivos de Israel; vou fazer de ti a luz das nações, para propagar minha salvação até os confins do mundo” (Is 49, 6).

Reflexão 

1- S. Francisco mesmo vivendo os prazeres do mundo foi tocado pela graça divina que o fez refletir a sua conduta diante do mais necessitado, comprometendo-se com a caridade. O toque de Deus na minha consagração tem me levado a me comprometer com a caridade?
2- Deus olhou do céu para Francisco e começou a transformar o seu interior para que fosse exemplo de conversão para os pecadores, para fazer dele luz das nações. Tenho permitido que o meu interior seja transformado por Deus assumindo assim, a missão de ser Luz da Vida?

Oração

Glorioso S. Francisco, vós que abristes o coração para a caridade, levando até o fim de sua vida o propósito de ajudar todo aquele que pedisse em nome do Senhor, fazei com que eu tenha este firme ideal em meu apostolado, buscando toda conversão interior e assumindo de forma concreta a voz de Deus para a Comunidade: “ser Luz da Vida, iluminar as trevas do mundo”. Amém.
→ Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.
→ São Francisco, rogai por nós.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Não tenhais medo de responder com generosidade a Cristo

"Vim hoje aqui para vos encorajar a fazer crescer a esperança dentro de vós mesmos e ao vosso redor; a envolver as novas gerações; a alimentar-vos assiduamente da Palavra de Deus, abrindo os vossos corações a Cristo: o seu Evangelho indica-vos o caminho! A vossa fé seja jubilosa e radiante; mostre que o encontro com Cristo dá sentido à vida dos homens, de cada homem. ...
Digo aos jovens: Não tenhais medo de responder com generosidade a Cristo, que vos convida a segui-Lo. Na vocação sacerdotal ou religiosa, encontrareis a riqueza e a alegria da doação de vós próprios para servir a Deus e aos vossos irmãos. Muitos homens e mulheres esperam a luz do Evangelho e a graça dos Sacramentos!"