"Sou um solo rico que ajuda as minhas irmãs,
amigos e familiares ficarem mais perto de Deus?" Eu fui incitada por uma
amiga minha a perguntar a mim mesma esta pergunta e dar uma olhada mais
profunda na parábola evangélica do “semeador, que saiu para semear”. Escolhi
esse versículo como um tema e oração para o próximo passo na minha formação
religiosa, a Missão!
No outono passado, quando me vi coberto de terra
do meu véu até o tênis, eu sabia que não era por acaso, mas a inspiração divina
que me levaram a escolher esta parábola evangélica: Lucas 8:11-15. As horas
capinando e tirando mata e depois preparando o nosso jardim com várias baldes
de terra vegetal fez esta parábola muito vivo para mim e me deu uma nova luz
para entender a minha missão.
Quando me juntei à nossa pequena comunidade na
Redemptoris Mater Convento e Casa de Formação em agosto, eu estava feliz por
voltar a aplicar de uma maneira nova a vida que eu estudei e aprendi durante o
noviciado. Meu trabalho apostólico estava cheio de
variedade. Durante a semana, ajudei as Secretarias de Vida
Consagrada e de Vocações no fornecimento de recursos para a conscientização e discernimento
vocacional e na organização de eventos vocacionais. Foi durante estas tarefas
diárias, que eu experimentei a liberdade e o poder de Deus manifestado através
da obediência.
Olhando para trás, sobre a “grande colheita” de conversas
abençoadas, eventos com os jovens, palestras vocacionais, retiros e,
especialmente, amizades e a vida em comunidade, percebo que Deus é o semeador e
planta em nós a semente que nós precisamos a cada momento. Nós somos simplesmente o
solo que Ele escolhe a trabalhar. Muitas vezes senti a minha "pequenez"
durante minha missão, mas foi perdida na magnificência da graça de Deus, que
"se aperfeiçoa na fraqueza." É especialmente nos momentos desafiadores
que Ele está enriquecendo o solo dos nossos corações e almas para que eles possam
"ter uma colheita abundante através da perseverança." Mas isso não
acontece de uma vez numa única lança de sementes. Deus espera nossa
permissão para fazer grandes coisas com a nossa própria vida. Muitas vezes, como com um
jardim, a fruta é cultivada no silêncio e nas pequenas fidelidades diárias.
Somos o solo, e solo recebe. Deus é o jardineiro, Ele é o que planta e nunca se cansa de
trabalhar e morar na terra do nosso coração. Ele olha para nós quando
oramos, quando trabalhamos, ou quando descansamos. Seu olhar, se nos permitirmos
encontrá-lo e devolvê-lo, torna-se como o sol num jardim. Logo a planta brota e faz
com que quem vê se alegrar no jardineiro.
Durante a missão, tanto faz se eu estava fazendo compras de
mercearia, limpando, assando cinco perus para alimentar os jovens com as minhas
habilidades iniciantes de cozinha, ou conversando com centenas de corações jovens
ávidos por conhecimento de Jesus, o próprio Deus foi atenciosamente cuidando,
capinando, e adubando meu coração. Meu papel era de dizer sim
à Sua graça e estar aberto para receber tudo o que Ele queria me dar naquele
dia: o seu amor, uma tarefa, uma Palavra, um sorriso. O que Ele me deu eu
simplesmente recebi e devolvi a Ele. Eu não posso contar as
alegrias que encheu os seis meses, especialmente através das pessoas que Deus
colocou na minha vida. Mas para sempre vou ser uma religiosa melhor por causa do tempo
que passei no solo de Wisconsin e aprendi com o Jardineiro Divino como Ele está
me formarndo para tornar o seu amor misericordioso visível.
Mas, como a
semente “que caiu em terra boa, são aqueles que, ouvindo com um coração bom e
generoso, conservam a Palavra e dão fruto pela perseverança." Lucas 8:15
- Irmã M.
Bernadette, FSGM