sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Novena em honra a São Francisco de Assis - 2º Dia

Acompanhe-nos na Novena em Preparação para a Festa De São Francisco de Assis



2º Dia – A pobreza interior
S. Francisco idealizava a carreira militar, mas uma longa enfermidade o fez ficar preso a um quarto sem se locomover, assim sua alma era preparada para o Espírito Santo. Venceu a si próprio, mas o seu interior estava vivendo um tormento. Queria vencer o desgosto de si mesmo e a mediocridade da vida. 
Sentia apaixonar-se cada vez mais por Deus. Ao contemplar, um dia, as estrelas viu a pobreza pregada na cruz de Cristo. Foi se afastando cada vez mais das coisas do mundo, e como um comerciante que encontra um tesouro, ocultamente, começou a vender tudo para comprá-lo. Não sabia como deixar tudo, para poder desposar a esposa que o próprio Jesus o dava. Tinha certeza que o intercâmbio espiritual começa pelo desprezo do mundo, e para ser soldado de Cristo é preciso ter conseguido a vitória sobre si mesmo.
Era um homem que tinha verdadeiro horror a leproso. Um dia, encontrou um que lhe estendia a mão pedindo esmola. Ficou perplexo diante daquela cena, mas logo se lembrou do propósito feito e venceu a si mesmo. Deu-lhe a esmola e um beijo. A partir desse dia, procurou os lugares solitários para orar e a recordação da paixão de Cristo ficou profundamente gravada em seu coração. Compreendeu que as palavras do Evangelho eram para ele: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24). 
O Senhor de sua vida era Jesus Cristo. E se a insígnia de Seu Senhor era a cruz, ele a deveria a tomar por brasão e por bandeira, se o amor de Seu Senhor era a Pobreza, ele a deveria desposá-la. Entranhou-se do espírito de pobreza com um profundo sentimento de humildade e uma atitude de profunda compaixão.
Era preciso servir os pobres, para servir o Senhor. Amar os pobres é o mesmo que amar a pobreza. Dar é riqueza, superioridade, alegria. Enquanto não se desce até a dor de nada mais poder dar, até a angústia da necessidade e até a humilhação de pedir, não se conhece a pobreza.
Quando, pela primeira vez trocou de roupa com um mendigo e começou a mendigar, abraçou a Pobreza, sentiu que a amava e que nela desejava viver e morrer.
Ao ser pressionado pelo pai para abandonar aquela vida nova e voltar à comum, e na frente de todos, tira tudo e devolve ao pai. “Nu o Senhor me pusera no mundo, nu voltarei para ele, como se nascesse uma segunda vez”. Só com a vontade e com a graça se nasce espiritualmente. Despiu para deixar apenas entre sua alma e Deus o véu da carne.
Reflexão
1- S. Francisco tinha um ideal como homem, mas que ao se apaixonar por Deus buscou a vitória sobre si mesmo, renunciando o que lhe dava prazer e encontrou na Pobreza a sua verdadeira felicidade. Tenho buscado a vitória sobre mim mesmo diante das coisas que não me agradam para poder também me encontrar com Jesus?  
2- Somente quando se colocou integralmente no lugar do mendigo, foi que ele abraçou a Pobreza e assim quis viver e morrer, pois ali se identificou verdadeiramente com Cristo. Vivo essa identificação com Cristo, na Sua humildade e na Sua doação, no meu relacionamento com o outro?
Oração
Glorioso, S. Francisco, vós que lutais, incansavelmente, contra vossa carne para viver e morrer como Cristo pobre, fazei com que eu abrace a Pobreza Evangélica, despindo a minha alma de toda riqueza do mundo, para viver livremente em Deus.  Amém 
→ Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.
→ São Francisco, rogai por nós.

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